Instituto Permatropia
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

Ampliando os Objetivos do Milênio, elaborados no início do terceiro milênio em busca de um desenvolvimento saudável e equilibrado para o planeta, a ONU conceituou, em 2015, os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – ODS, também conhecidos como Agenda 2030.

Para sustentar e operacionalizar o projeto, optou-se pelo modelo associativo como arranjo jurídico, por diversos motivos:

  • O associativismo corresponde ao espírito coletivo do projeto;
  • Dá legitimidade para atrair novos parceiros;
  • Possibilita garantir o resgate da cota investida, negociar e valorizá-la;
  • Permite estabelecer regras claras e igualitárias, inclusive para o ingresso na associação;
  • Proporciona maior facilidade para captar recursos financeiros;
  • E a forma mais interessante em termos fiscais;

Quando lancei essa proposta, a urgência de encontrar novos parâmetros para a nossa sobrevida enquanto espécie já era manifesta: a sexta extinção em massa estava no radar de todos aqueles que se preocupam com a vida, da maneira mais ampla. Logo em seguida, a pandemia provocada pelo coronavírus em termos de contágio e as medidas de isolamento social apontaram claramente a fragilidade de nosso modelo civilizacional. Desde então, multiplicaram-se os alertas.

Mais do que nunca, a humanidade enfrenta uma grave questão de sobrevivência. O aquecimento global em crescimento vertiginoso, o desaparecimento maciço dos insetos polinizadores que ameaça a segurança alimentar, a extinção acelerada da vida por causa das atividades humanas, o desmatamento desenfreado que compromete o regime de chuvas, os eventos climáticos cada vez mais imprevisíveis e devastadores, são emblemáticos desse olhar com o qual precisamos enxergar nosso futuro.

O decrescimento, que deveria estar no âmago dos debates políticos, nem sequer é considerado por nossos governantes e como dizia o Pierre Rabhi: “Cultivar seu jardim ou desempenhar qualquer atividade criadora de autonomia será considerada como um ato político, um ato de legítima resistência à dependência e à servidão da pessoa humana.”

Ao longo de 4 anos, a proposta inicial evoluiu com as contribuições do coletivo que se agregou em torno de um espaço protegido de 40 hectares de floresta, na Mata Atlântica baiana, para se tornar uma proposta arrojada de centro de transmissão de conhecimentos em agroecologia e permacultura. Contudo, além das perspectivas econômicas ou ambientais, é, antes de tudo, uma proposta de vida sob os auspícios do bom senso.

Lucas.