Instituto Permatropia
centro pedagógico

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O que é o Centro Pedagógico ?

A idealização do Projeto Permatropia como Centro Pedagógico baseou-se nas inúmeras experiências de transmissão de saberes na área do desenvolvimento e na prática de atividades como a melhor forma de fixar os conhecimentos transmitidos. 

O Instituto Permatropia nasceu com essa visão pedagógica, objetivando transmitir conhecimentos sobre agroecologia, produção de alimentos em ambiente florestal, geração de renda de modo sustentável para com a proteção e conservação dos ecossistemas, e trabalhando as relações sociais e humanas, tanto no seio do grupo gestor como com as comunidades do entorno.

Um espaço de práticas e vivências.

O objetivo é criar um pólo de formação de pessoas e profissionais em agroecologia e permacultura, buscando irradiar conhecimentos, técnicas e filosofia até onde lhe for dado ter alcance. 

Conceitualmente, a Agrovila é uma sala de aulas em tamanho real, aonde os curiosos virão aprender e praticar sobre compostagem, cultivos agroecológicos, conceituação de SAF, bioconstrução, e até turismo, culinária, e quaisquer outros conhecimentos visando a cidadania, a autonomia, o crescimento pessoal, tornando-se um espaço de troca  de informações e de convívio social. 

O modelo associativo como arranjo jurídico

Para sustentar e operacionalizar o projeto, optou-se pelo modelo associativo como arranjo jurídico, por diversos motivos: 

  • O associativismo corresponde ao espírito coletivo do projeto;
  • Dá legitimidade para atrair novos parceiros; 
  • Possibilita garantir o resgate da cota investida, negociar e valorizá-la; 
  • Permite estabelecer regras claras e igualitárias, inclusive para o ingresso na associação; 
  • Proporciona maior facilidade para captar recursos financeiros; 
  • E a forma mais interessante em termos fiscais;

Espaços institucionais

Conjuntamente à escolha do modelo jurídico, alguns parâmetros técnicos foram aventados com respeito ao desenvolvimento do projeto pela associação, notadamente com relação aos espaços institucionais que serão abertos às propostas dos associados para reforçar o aspecto coletivo do projeto:

  • Prioridade dada à bioconstrução; 
  • Limites de tamanho; 
  • Foco em autonomia e baixo consumo energético; 
  • Economia de escala com compras coletivas e busca de homogeneidade; 
  • Implantações estratégicas em função da disponibilidade de áreas e do ambiente escolhido; 
  • Autonomia quanto às propostas, mas cada projeto submetido ao aval da associação;

Os aspectos financeiros e políticos

Aos aspectos técnicos, somaram-se aspectos filosóficos, éticos, econômicos, políticos e de harmonia quanto ao convívio:

  • Toda a área é coletiva, excetuando-se os espaços reservados ao alojamento; 
  • Preservar a intimidade individual é uma responsabilidade coletiva; 
  • Os alojamentos, portanto, são de usufruto individual e exclusivo do cotista;
  • Além da cota, cada cotista terá de participar dos custos coletivos operacionais e de manutenção (trabalhador(es); água; estradas; energia; etc.), que chamamos de taxa de manutenção e investimentos coletivos decididos em assembleia; 
  • O financiamento das construções dentro da Agrovila pode ser coletivo e/ou individual conforme a finalidade; 
  • As construções pertencendo à Associação, qualquer projeto deverá ser submetido à Diretoria para aprovação, conforme estabelecido por estatuto e regimento interno;
  • Não havendo parcelamento do solo, a “propriedade” individual de cada cotista é a(s) cota(s) possuída(s); 
  • A cota, por sua vez, será revalorizada de forma igualitária pelas benfeitorias realizadas dentro da Agrovila; 
  • E possível ter mais de uma cota por CPF, mas só se tem  direito a 01 voto por CPF; 
  • Benfeitorias poderão ser empreendidas com recursos individuais ou coletivos, conforme a assembleia dos membros decidir.

O que se entende por bioconstrução?

A bioconstrução é por essência uma forma de construir que favorece a vida e que, portanto, deve atender uma série de critérios ao desenvolver o projeto arquitetônico, dentre os quais destacamos: 

  • Escolher materiais locais: quanto mais próximos melhor;;
  • Respeitar a flora e fauna local para sua implantação: evitar supressão inútil de vegetação; 
  • Evitar o uso desmedidos de maquinários pesados; 
  • Reduzir ao máximo o impacto visual;
  • Priorizar o uso de mão de obra local;
  • Atentar para construções de baixo impacto energético: com o uso dos materiais; com ventilação natural adequada; com iluminação da casa pela luz solar o quanto puder; com aquecedores solares;
  • Privilegiar o reúso da água; atentar para a captação das águas de chuva; aproveitar as águas servidas;

Lembremos que o Centro Pedagógico é demonstrativo de nossa filosofia de vida e de sociedade, portanto, nossas realizações hão de ser pedagógicas por si só.

Concluindo

Por todos esses motivos, prioriza-se a construção de unidades de baixo custo, ambiental e financeiro, trazendo conforto sem luxo, pois o foco não é especulação imobiliária e sim um modo diferenciado de conviver com o mundo e a natureza, o que está no âmago do projeto do Instituto Permatropia e seu Centro Pedagógico